Anos atrás trabalhei em uma firma no Largo dos Leões e por causa da proximidade eu almoçava quase que diariamente no Bar Palhinha. Naquela época era um botequim -raiz, com um banheiro não recomendável para necessidades mais complexas, ventilação feita por circuladores de ar barulhentos, bombril na antena da CCE de tubo 14 polegadas e cuja única forma de pagamento era dinheiro. Contudo, era possível dividir um substancial prato comercial e 2 litros de coca-cola por pelo menos 12 reais. Na segunda-feira voltei à firma para apresentar o Joaquim aos antigos colegas de trabalho e aproveitei para almoçar o Porquinho Havaiano do Palhinha.
O petisco é um rocambole de filezinho suíno recheado com presunto de parma e queijo, empanado na farinha panko e servido com rodelas de abacaxi caramelizadas. Desde a primeira vez que eu comi o sanduíche de pernil, queijo e abacaxi do Cervantes que eu gosto da combinação de carne de porco com a fruta tropical. Fui com muita expectativa ao Palhinha, que agora conta com um banheiro nota 10, silencioso conjunto de aparelhos de ar condicionado do tipo split, televisões de alta definição sintonizadas em canais esportivos por assinatura e máquinas de cartão que passaram a dolorosa, que estava na média do concurso.
Muito discreto, o garçom não se apresentou e nos deixou mais à vontade. Talvez por estarmos na hora do almoço ele não sugeriu o prato do certame, mas quando perguntado como era preparado soube dizer exatamente como. Pedi a cerveja do patrocinador para acompanhar e rapidamente o pedido chegou e por incrível que pareça era mais bonito do que o da foto do site.,Vieram quatro rocamboles e quatro pedaços de abacaxi, muito mais dourados e caramelizados, o que inclusive abriu o apetite de minha mulher, que não é nem um pouco fã de harmonizar frutas com pratos salgados e inesperadamente aprovou o resultado! Cortei pequenas fatias do abacaxi e para cada uma eu garfava junto um pedaço do porquinho, ficou muito gostoso, mas eu esperava mais queijo. Em minha opinião, a proporção deveria ser mais equilibrada.
Diferente do Bar Sabor da Morena, o primeiro que fui no Comida Di Buteco deste ano, a cestinha dos patrocinadores Hellmanns e Tabasco já estava na mesa. Não ficou com tanta cara de acompanhamento sugerido especificamente para o petisco - inclusive, havia ketchup na cestinha do Bar Palhinha, mas por trauma da experiência anterior eu resolvi provar apenas a pimenta.
Provavelmente por ser carne suína a porção de quatro rocamboles foi mais substancial, não a ponto de rolar como um porco mas o suficiente para voltar pra casa e aguentar até o jantar.
Foto por Milina Lopez
Revisão de texto por Maria Vitoria Rosa
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